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Notícia - Controle de formigas cortadeiras com isca formicida Dinagro-S

Controle de formigas cortadeiras com isca formicida Dinagro-S

Controle de formigas cortadeiras com isca formicida Dinagro-S

As formigas cortadeiras são insetos vorazes e provocam desfolhamento na planta de forma contínua e acentuada. Entre as espécies de saúva, Atta sexdens rubropilosa e Atta laevigata são as mais importantes sob o ponto de vista econômico, devido a ampla ocorrência no país e a intensa desfolha que provocam em culturas florestais e agrícolas.

O impacto econômico causado por formigas cortadeiras em florestas cultivadas está diretamente relacionado com a densidade de formigueiros na área e seu nível de desfolha. Quanto maior a densidade de metros quadrados de terra solta mais intensa é a desfolha, culminando negativamente na produtividade da área. Esse impacto é ainda mais prejudicial em fases iniciais de desenvolvimento das plantas.

Pesquisadores estimam que são necessárias 86 árvores de eucalipto e 161 árvores de pinus, o correspondente a uma tonelada de material vegetal, para abastecer um único sauveiro no período de um ano. Se levada em conta uma média de quatro sauveiros adultos por hectare, tem-se um consumo estimado de 4 toneladas de folhas, o que corresponde a perdas de até 14,5% da produção de madeira por hectare (FORTI, 2000).

Densidades superiores a 30 sauveiros de Atta laevigata por hectare, podem reduzir em mais de 50% a produção de madeira em plantios de Pinus caribaea nas savanas da Venezuela (HERNÁNDEZ & JAFFÉ, 1995).  Densidade de sauveiros com 2,76 m² de terra solta por hectare reduz o volume de madeira em 0.87% para todas as espécies de eucalipto. Cada m² de área de terra solta de sauveiro reduz a produtividade de madeira na ordem de 0,04 a 0,13 m³/ha em eucaliptais (SOUZA et al., 2011).

Árvores de Eucalyptus grandis, se completamente desfolhadas, aos 6 meses de idade, podem apresentar perdas de até 13% na produção volumétrica de madeira ao final de sete anos (OLIVEIRA, 1996). Já se desfolhada apenas uma vez na fase inicial de desenvolvimento, a perda volumétrica é mais significativa e resulta em volume total de 37,9%. Três desfolhas, podem causar a redução de 79,7% do volume total (MATRANGOLO et al., 2010). Para a espécie Pinus taeda o índice de produtividade das plantas atacadas por formigas cortadeiras reduziu em 34,4% na fase inicial e 28,7% ao final do primeiro ano (CANTARELLI, et al., 2008).

O controle desses insetos torna-se imprescindível em todas as fases da floresta. Existem diversos métodos de controle de formigas cortadeiras, tais como: mecânicos (escavação do ninho para retirada da rainha), culturais (plantas resistentes, rotação de culturas), biológicos (vírus, fungos e bactérias) e químicos (formicidas pós, formicidas líquidos, termo nebulizadores e isca granulada).

O controle mecânico realizado através da escavação dos ninhos, possui baixo rendimento operacional e é extremamente dificultado devido à complexidade dos ninhos de saúva que podem chegar a 7 metros de profundidade abaixo do solo. O controle baseado em fitotoxicidade de plantas ainda não se mostrou efetivo no campo pela dificuldade de rotacionar culturas e a complexidade estrutural dos formigueiros, sendo esse o motivo pelo qual o controle biológico também não apresenta eficácia. O controle químico com termonebulizadores, possui baixo rendimento operacional, alta periculosidade ao aplicador, exigindo mão de obra especializada e seu alto custo inviabiliza o uso de forma operacional.  Os formicidas em pó e líquido, tem ação por contato e por isso não matam o ninho de dentro para fora, sendo medidas paliativas que normalmente causam apenas o amuamento.

Desta forma, a utilização de isca formicida à base de Sulfluramida é o método mais indicado no controle das formigas cortadeiras por ser o mais prático, econômico e eficiente.

As iscas formicidas Dinagro-S consistem em uma mistura de um substrato atrativo com princípio ativo tóxico (Sulfluramida, 0,3%), na forma de pellets. O substrato atrativo é a polpa cítrica desidratada derivada de laranja e o ativo é incorporado ao substrato. Todos os lotes fabricados são verificados pelo controle de qualidade interno da Dinagro e neste processo as seguintes características são avaliadas: comprimento dos pellets, consistência, espessura, umidade, textura e % de sulfluramida.

O controle de formigas cortadeiras deve ser realizado em conformidade com a fase da floresta. Na cultura do eucalipto, por exemplo, o controle é realizado nas fases de pré-corte, pré-plantio, pós-plantio e manutenção. O controle de pré-corte é uma etapa importantíssima para a formação de uma floresta com baixa infestação de formigueiros. Nesta etapa o controle de formigas cortadeiras pode ser realizado de 1 ano a 150 dias antes do corte, com tempo hábil para um repasse caso as áreas estejam muito infestadas. Se for necessária roçada manual ou mecânica para eliminação de sub-bosque, aplicar a isca 30 dias após a intervenção.

O controle pré-plantio pode ser realizado 30 a 120 dias antes do plantio. O de pós- plantio é utilizado caso se visualize danos às mudas e o controle de manutenção é realizado do 1º ao 6º ano da floresta, preferencialmente com isca Dinagro-S a granel. Vale ressaltar que o controle de formigas cortadeiras deve ser a primeira atividade em áreas antes não cultivadas, ou seja, antes do preparo do solo com máquinas agrícolas.

A aplicação de isca formicida pode ser feita de forma localizada ou de forma sistemática manualmente ou mecanizada. Na aplicação localizada é necessário fazer a medição da área de terra solta do ninho (largura x comprimento). A dosagem será calculada multiplicando o valor da área de terra solta do formigueiro pela dosagem recomendada em bula (até 10 g/m²). A dose calculada deve ser distribuída ao lado dos carreiros e próximos aos olheiros mais ativos que se localizam ao redor do monte de terra solta. O controle sistemático pode ser realizado em áreas de pré-corte e pré-plantio com isca formicida granulada ou com micro-embalagens de isca formicida. Este tipo de aplicação é adequada para ninhos de quenquém e ninhos novos de saúvas (de até 1m² de terra solta) e a quantidade de isca utilizada neste sistema pode variar de 3 a 5 kg/ha. As malhas operacionais largamente utilizadas na aplicação sistemática são de 3×6, 4×6 ou 6×6 com dosagem de 10 g de isca por ponto.

Não se esqueça de utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) durante o manuseio do produto, aplicação e recolhimento do produto restante.

Referências

CANTARELLI, E.B.; COSTA, E.C.; PEZZUTTI, R.; OLIVEIRA, L.S. Quantificação das perdas no desenvolvimento de Pinus taeda após o ataque de formigas cortadeiras. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 18, n. 1, p. 39-45, 2008.

FORTI, L.C. Se o produtor vacilar, o exército das formigas invade a lavoura. Revista A Granja. Jun/2000. Disponível em: https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=kVHRV_bqFtKpxgT65JqIBw#q=se+o+produtor+vacilar%2C+o+exercito+das+formigas+invade+a+lavoura. Acesso em: set/2016.

HERNÁNDEZ, J.V.; JAFFÉ, K. Dano econômico causado por populações de formigas Atta laevigata (F. Smith) em plantações de Pinus caribaea Mor. e elementos para o manejo da praga. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Londrina, v. 24, n. 2, p. 287-298,1995.

MATRANGOLO, C.A.R.; CASTRO; R.V.O.; DELLA LUCIA, T.MC.; DELLA LUCIA, R.M.; MENDES, A.F.M.; COSTA, J.M.F.N.; LEITE, H.G. Crescimento de eucalipto sob efeito de desfolhamento artificial. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 45, n. 9, p. 952-957, 2010.

OLIVEIRA, M.A. Identificação de formigas cortadeiras e efeito do desfolhamento simulado em plantios de Eucalyptus grandis. 1996. 61 f. Dissertação (Mestrado em Entomologia)–Universidade Federal de Viços, Viçosa, 1996.

SOUZA, A.; ZANETTI, R.; CALEGARIO, N. Nível de dano econômico para formigas-cortadeiras em função do índice de produtividade florestal de eucaliptais em uma região de Mata Atlântica. Neotropical Entomology, Londrina, v. 40, n. 4, p. 483-488, 2011.

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